devaneios, palavras, pensamentos, sentimentos, momentos...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Os dias vão se passando, e por vezes não compreendemos o que de fato nos falta nessa eterna busca pela tão sonhada felicidade...

Paro pra pensar e as lagrimas começam a rolar incessantes, insistem em derramar..

Há uma angustia aprisionada em meu peito, tirando de meus lábios aquele antigo sorriso intenso

Um vazio seguido por um frio congela minha alma sufocada pela dor...

Olho ao meu redor, percebo que das rosas, só restaram os espinhos e no chão estão apenas as folhas secas sem vida, assim como eu ...

O vento desarruma meus cabelos e desvio assim do olhar do chão e vejo um céu sem azul, um céu cheio de nuvens escuras, carregadas como meu coração...

Será que os céus decidiram me acompanhar e juntamente com a minha alma, vai se por a chorar, uma chuva de dor?...

Sento-me no chão, em meio às folhas secas. E então começa a chuva. Suas gotas geladas se juntam as minhas lagrimas, já não sei o que é chuva e o que é lagrima ..

Enquanto a chuva lava o mundo, minhas lagrimas lavam minha alma...

E mesmo sabendo que a chuva vai passar, fico ali sentada a esperar...

Longe muito longe em meus pensamentos, começo a ouvir uma musica ...

“Não há nada no mundo que possa fazer, eu deixar de cantar ou deixar de gostar de você ... não há nada no mundo e nem nunca haverá de mais alto ou mais fundo. O meu canto é meu céu e vc é meu mar. Duas coisas que dentro de mim não podem ter fim. Dois azuis no mesmo azul, meu horizonte sem nuvem nem monte. Em mim o eterno é música e amor ...”

E um sorriso discreto esboço em meus lábios ... relembrando, visualizando ...

Perdida em meus pensamentos, recordações, mal pude notar quando a chuva parou, e em que momento meus olhos pararam de chorar...

E lá no horizonte, surgiram os primeiros raios de sol que iluminaram um céu limpo e azul...
Ao meu redor, os espinhos antes secos, traziam consigo as novas rosas. As folhas secas pelo chão, não mais existiam, apenas o chão úmido...

A dor e angustia, aprisionadas em meu peito dão lugar a outro sentimento...

E eis que depois da tormenta, o que restou em mim apenas foi apenas amor...

Pois o eterno em mim é música e amor...

E se assim não fosse... Não seria amor...

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